
Eu, do fim da relação que tive (não posso dizer fim do meu amor), posso dizer que aprendi muita coisa. Melhor dizer reaprendi: reaprendi que amar é uma merda! e que não quero mais saber de amar a ninguém. Que toda essa conversa aí em cima é muito bonitinha, tem muito de verdade, mas, porra! amar é foda! O que eu quero dizer meeeesmo aqui é que não quero que esse meu amor passe e se transforme em outra coisa, quero que volte para a luz e seja maravilhoso, sofrido, alegre, chorado, tesudo, brochado, como foi. Quero os fiascos de novo, quero até as baixarias; as brigas ridículas que me levam automaticamente para o copo da esquina; quero as trepadas inesquecíveis – brincadeiras de carne da melhor qualidade. Quero as fugas, as surpresas, os choros sem motivo, os choros com motivo. Quero as mentiras ditas com cara de verdade, quero as verdades jogadas na cara, quero roubar flores, fazer declarações na rua, escrever nos guardanapos... Quero o beijo de cinema no táxi, enquanto rola uma música brega e o motorista espia de canto de olho. Quero aquela espera agoniada, que não acaba nunca; aquela partida doída, que leva a dor junto no peito. Quero o amor vagabundo, quero o lado puta dela, quero o amor divino, os olhos mostrando a alma. Quero o meu amor de volta. Ou juro que me mato de novo.
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