quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

ONDE ESTÁ O PARAÍSO?


A felicidade pode estar em duas pessoas saboreando o mais simples café preto com pão com margarina dividido com olhares, delicadezas e mesmo o não falar, porque como disse Mário Quintana “amizade é quando o silencio não se torna incômodo. Amor, é quando o silencio se torna cômodo”.


O paraíso pode não estar numa praia maravilhosa, água azul, uma rede entre dois coqueiros, nuvens raras de algodão passeando pelo céu. O paraíso pode estar num quarto simples de hotel de beira de estrada, apenas com um ar-condicionado a 17 graus e onde duas pessoas se aquecem e esquecem do mundo lá fora, mergulhados num edredom. O paraíso está em duas pessoas. O paraíso não está no sexo performático, exibição de técnica e resistência. Ele está no aconchego dos corpos, no fazer amor do cotidiano, de corpos que se conhecem e se amam, na leveza do toque que acaricia também a alma. O paraíso está muito mais no suspiro, do que na exclamação. O paraíso está em duas pessoas!
A felicidade não está num jantar refinado, com copos, talheres finos e mãos que dançam entre eles. A felicidade pode estar em duas pessoas saboreando o mais simples café preto com pão com margarina dividido com olhares, delicadezas e mesmo o não falar, porque como disse Mário Quintana “amizade é quando o silencio não se torna incômodo. Amor, é quando o silencio se torna cômodo”.
A felicidade pode estar apenas em andar de mãos dadas sem pressa a esmo por uma rua feia, cheia de pessoas tristes e cães vagabundos vagando - uma rua q se faz linda. A felicidade está em duas pessoas.

A felicidade não está em construir uma grande casa, casa é feita de pedra e o tempo destrói. A felicidade é construir dentro da gente um lugar sereno e amoroso, com almofadinhas confortáveis, cama de nuvem, pra se aconchegar e amar o nosso amor. A felicidade é feita de sentimento, que o tempo não destrói. A felicidade está em duas pessoas. E só nessas duas. As outras são figurantes, espectadores da consumação de um projeto chamado paraíso, ou melhor, um projeto chamado duas pessoas.

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